17 de fevereiro de 2010

Jogos Olímpicos 2010

Os jogos olímpicos de Inverno constituem uma versão das olimpíadas para os desportos praticados sobre o gelo e a neve e, no início do século XXI, contavam já com numerosas modalidades tais como:

. biatlo, que mistura longas caminhadas sobre a neve com o tiro a alvos localizados a 50 m de distância;

.bobsleigh, na qual é utilizado um tobogã que percorre uma pista de gelo a altas velocidades;

. combinada nórdica, cuja primeira fase, de saltos, determina a posição de largada da corrida de cross-country;

. curling, que tem como objectivo principal posicionar oito pedras em granito o mais próximo possível do alvo (tee);

. esqui alpino, em que o atleta desce a montanha, a alta velocidade, e em cujo percurso foram colocados vários obstáculos (inclui slalom e downhill);

. hóquei no gelo, um jogo de equipa em que os participantes devem marcar golo na baliza adversária, tacando no disco com o stick;

. patinagem artística no gelo, que pode ser executada individualmente ou a pares, combinando sempre patinagem com música, coreografia e dança;

. patinagem de velocidade no gelo, realizada sobre pistas de gelo e que apresenta provas que vão desde os 500 aos 10 000 m;

. saltos de esqui, praticados apenas por homens, em plataformas que variam entre os 90 e os 120 m de altura;

. short track, ou patinagem de velocidade em pista curta, que inclui provas de 500, 1000 e 1500 m;

. skeleton, uma prova de velocidade na qual o participante, deitado de bruços, guia um trenó apenas com os joelhos, tronco e cabeça;

. luge, em que o atleta, deitado, conduz, numa combinação de movimentos das pernas e do tronco, uma espécie de trenó;

. snowboard, que se divide em três provas, half pipe, slalom gigante e boardercross, sendo que esta última se estreou nos Jogos Olímpicos de Turim, em 2006.

A inclusão dos desportos de Inverno nos Jogos Olímpicos nunca foi muito pacífica dentro do Comité Olímpico Internacional. Apesar disso, a patinagem artística viria...

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a ser incluída nos Jogos Olímpicos (de Verão) de Londres, em 1908 e, três anos mais tarde, o Comité Olímpico acabaria por autorizar a realização de jogos separados, prevista para 1916. Os eventos deveriam ter lugar em Berlim e na montanha Feldberg; no entanto, com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, os Jogos Olímpicos foram suspensos.

As olimpíadas reiniciaram-se, então, no Verão de 1920, em Antuérpia, mas os únicos desportos de Inverno incluídos foram a patinagem e o hóquei no gelo. No Congresso Olímpico de 1921 a ideia inicial de separar os jogos mantinha-se, mas o presidente, Pierre de Coubertin, mostrou-se renitente, considerando que os desportos de Inverno eram um produto do snobismo dos ricos. E, apesar de não se ter decidido pela oficialização dos Jogos Olímpicos de Inverno, o Comité Olímpico Internacional permitiu que os responsáveis pelos Jogos de Verão em Paris realizassem também a "Semana internacional dos Desportos de Inverno".

O local escolhido foi a base do cume mais alto dos Alpes, o Monte Branco, em Chamonix, uma cidade francesa da região da Sabóia. A 25 de Janeiro de 1924, com uma temperatura que chegou aos 25 graus negativos, 258 atletas de dezasseis países diferentes marcharam na cerimónia de abertura. Entre eles encontravam-se treze mulheres, todas elas atletas de patinagem artística.

Os noruegueses foram os atletas que atingiram maior sucesso, tendo conquistado quatro medalhas de ouro, sete de prata e seis de bronze e, em segundo, ficaram os finlandeses com quatro medalhas de ouro, três de prata e três de bronze.

Os jogos atraíram mais de dez mil espectadores e o seu enorme sucesso pareceu convencer o Comité Olímpico Internacional que, dois anos mais tarde, em Maio de 1926, reconheceu retroactivamente os Jogos de Chamonix como os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno.

Até 1994, os jogos de Verão e de Inverno ocorreram nos mesmos anos mas, a partir daí, as olimpíadas de Inverno começaram a ser praticadas em anos alternados, sendo que entre a edição de Albertville, em França (1992), e a de Lillehammer, na Noruega (1994), decorreram, devido ao acerto, apenas dois anos, ao contrário dos habituais quatro.

In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2006. [Consult. 2006-02-19].
Disponível em URL: http://www.infopedia.pt/$jogos-olimpicos-de-inverno-i.

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TREINO - Qualidades Físicas - Parte 1

O treino é um processo pedagógico que visa desenvolver as capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas dos praticantes através da prática sistemática e planificada do exercício orientada por princípios e regras devidamente fundamentadas no conhecimento científico.
Objectivamos através do treino atingir uma eficiência máxima com um dispêndio mínimo de energia e uma recuperação rápida.

O respeito quer pelos princípios metodológicos (unidade / individualização, continuidade, variação ondulante, ciclicidade da carga e progressão), quer pelos princípios biológicos (princípio da sobrecarga, princípio da reversibilidade, princípio da especificidade e princípio da retardabilidade / heterocronia) reveste-se de uma importância acrescida quando falamos no treino das capacidades físicas (mesmo este sendo integrado com os outros factores de treino como o deve ser).

No treino das capacidades físicas (resistência, força, velocidade e flexibilidade), deve ter-se em conta não só a natureza da carga (interna e a externa), mas também as suas componentes como a duração do exercício de treino, o volume, a intensidade (as relações entre a intensidade e volume), densidade e frequência.

VIAS ENERGÉTICAS:
Os músculos só se contraem devido á libertação de energia química. Assim, essa energia encontra-se armazenada no músculo e em outros tecidos orgânicos associada com algumas substâncias químicas: adenosina trifosfato (ATP), fosfocreatina (PC), hidratos de carbono, gorduras e proteínas.
No entanto, a única fonte de energia química que o organismo consegue utilizar no processo de contracção muscular provém do ATP, sendo as restantes fontes de energia utilizadas na sua ressíntese.

A produção de energia pode realizar-se através de dois processos metabólicos:
- Produção anaeróbica – quando a ressíntese do ATP é realizada sem a presença de oxigénio (O2);
- Produção aeróbica – quando a ressíntese do ATP é realizada com a presença de oxigénio (O2);

PRODUÇÃO ANAERÓBICA DE ENERGIA:
Logo desde o início da realização de uma actividade desportiva, com uma intensidade suficientemente elevada no músculo tem de produzir energia necessária pela...

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via anaeróbica.

O primeiro mecanismo responsável pela síntese de ATP provém da síntese de PC que se combina com o ADP:

Esta fonte consegue produzir uma quantidade imediata e elevada de energia, mas as reservas de PC são muito limitadas, permitindo apenas a continuidade do processo de contracção muscular durante os 10 a 20 segundos iniciais.
Este processo de produção de energia é designado por fonte anaeróbica aláctica.

Depois deste período e com as reservas de PC quase esgotadas, o músculo, para continuar a ressíntese de ATP, terá de utilizar as outras fontes de energia. Assim, a fonte de energia que se segue será a dos hidratos de carbono, os quais provêm dos açucares que ingerimos na nossa alimentação, convertido em glicose. Desta forma, a glicóse é um processo de degradação de glicose com formação de moléculas de ATP e de ácido pirúvico:

Na ausência de O2, o ácido pirúvico transforma-se em ácido láctico, que é um produto residual altamente tóxico. O esgotamento das reservas de glicogénio e o aumento das concentrações de ácido láctico são os factores limitativos da continuidade do trabalho muscular.

Esta fonte de energia denomina-se por fonte anaeróbica láctica. Inicia a sua actividade 30 segundos após o começo do trabalho muscular, mantendo-se em funcionamento até aos 3’.

A quantidade de energia fornecida por este mecanismo tem um limite que é imposto pela quantidade de Ácido Láctico acumulado no Sangue. A capacidade de suportar taxas muito elevadas de ácido láctico no sangue varia de indivíduo para indivíduo e é um elemento que nos ajuda a caracterizar o estado de treino do jogador. (CONTINUA)

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FUTEBOL - A Cárie Dentária no Desporto

DEFINIÇÃO:
É um processo patológico, localizado aos dentes, de origem externa, que se manifesta depois da sua erupção e consiste no amolecimento progressivo dos tecidos duros dos dentes e evolui para a formação de uma cavidade.

É a doença de maior prevalência nas sociedades industrializadas, sendo a ingestão frequente de hidratos de carbono ( açucares ) o grande responsável.

Trata-se de uma doença da civilização, que resulta de excessos e não de carências e ao contrário da ideia generalizada, não é uma doença por carência de cálcio.

A cárie não afecta apenas a saúde oral, por vezes atinge órgãos e tecidos à distância, podendo ser responsável por infecções que envolvem o coração, os olhos, os rins, as articulações e os tendões.

É significativa a associação de artrites, tendinites e outras doenças osteoarticulares, com a existência de cáries dentárias e que são com frequência, refractárias ao tratamento.

É evidente que uma cavidade oral em bom estado não contribui para uma melhoria da performance atlética, no entanto, a mesma cavidade oral em mau estado, já poderá contribuir para que a mesma performance, não seja atingida.

ETIOLOGIA:
É complexa e resulta fundamentalmente da inter-relação de 3 factores principais.

1. HOSPEDEIRO
Há uma evidente susceptibilidade individual

2. PELÍCULA OU PLACA BACTERIANA
Restos alimentares e microflora oral, que se encontram aderentes ás superfícies dentárias e não destacáveis pela simples lavagem ( bochechar )

3. HIDRATOS DE CARBONO
Os efeitos nocivos dos açúcares não dependem tanto da sua quantidade ( ao contrário de outras doenças ) mas da frequência...

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da sua ingestão e são mais nocivos ainda se ingeridos no intervalo das refeições, ou á noite, dada a diminuição do fluxo salivar ( importante mecanismo de defesa ) durante este período.

COMO PREVENIR:

1. HIGIENE ORAL
Nenhum método é eficaz se não for associado a uma rigorosa higiene oral.
Escovagem dos dentes após qualquer refeição.
Técnica correcta de escovagem, com escova macia e dentífricos não abrasivos.
Uso de fio dental para os espaços interdentários

2. CUIDADOS ALIMENTARES
Racionalização no consumo de hidratos de carbono, sobretudo dos açucares de uso corrente, não esquecendo a frequência e duração de contacto com os dentes são factores capitais.

3. UTILIZAÇÃO COMBINADA DE FLUORETOS
Utilização sistémica de flúor gotas ou comprimidos, sobretudo nas crianças até aos 12 / 13 anos.

4. UTILIZAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR
Utilização domiciliária na forma de dentífricos, soluções ou sais.
Utilização por profissionais, o ideal serão 2 aplicações por ano e em pessoas com elevado índice de cárie, 3 a 4 aplicações por ano.
Tem-se hoje como certo que o flúor em doses fracas leva a uma diminuição da cárie, porém não a suprime, não se podendo admitir que é a sua falta a causa da cárie dentária.

MUITO IMPORTANTE É A OBSERVAÇÃO PERIÓDICA DA CAVIDADE ORAL POR UM DENTISTA, DEVENDO O PROCEDIMENTO EFECTUAR-SE SEMPRE NO INICIO DE CADA ÉPOCA DESPORTIVA.

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